sábado, 13 de fevereiro de 2010

O hoje morreu, para sempre.


E toda a inocência do mundo se foi,
sobrou o ser
sujo, impuro, mal acabado e doente,
faiscas de vida, que um dia fora
esquecida, amarrotada, regurgitada
prisioneira de relógios, de arcabouços de concreto frio...

"bem vindo ao lar" - eu disse...
e assim seus olhos se abriram
tentou em vão, ocultar as lágrimas
mas já era tarde, pois as mascaras ja haviam caído,
olhavamos tristes ao longe..

lá ia ela, pulando rósea e sorridente,
por entre o lindo gramado e o ceu azul
entre gritinhos e balburdias infantis,
um lindo laço azul nos cabelos compridos
e o vestido longo e branco de chita, quase a se arrastar
olhava para nós com pena,
"este mundo não é para vocês, mas tentem ao menos fingir"
e assim
toda a inocência do mundo se foi.

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